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Meu cantinho

31 de maio de 2011

Solidão



"Solidão prolongada me ensinou a ser exigente.



Quando me tornei minha melhor companhia,



só me apaixonei por pessoas absolutamente incríveis."


Não quer dizer que com isso me tornei seca e amarga, apenas não me apaixonei mais, ou foi por medo ou simplesmente por falta de pessoas interessantes, desculpe por não ter me apaixonado, tive apenas momentos bons!!!



25 de maio de 2011

Amor banalizado






Corta essa de amor, que essa de amor já cortou que chega.
Só de ouvir falar em Romeu, você pensa em chamar o Hugo.
E lá vem o bando de propaganda sobre o dia dos namorados, desconto pro dia dos namorados, o que fazer no dia dos namorados.....
Caraca que coisa mais chata. Nem se eu tivesse com namorado planejaria tanto !!





Me desculpem minha falta de sensibilidade, mas sinceramente essa coisa de namorado, de planos, de sonhos é pra quem tem ainda 18 anos.





No dia da árvore eu não estou com uma, muito menos no dia do índio eu dou presente pra um e porque raios nos dia dos namorados eu tenho que estar com um?





Não gosto de nada forçado, nada imposto, claro que minha teimosia sempre impera. Mas nem posso reclamar tanto dela assim, tem coisas boas que faço só por teimosia!





Esses mimimis me enjoam, deve ser trauma. Que seja, só sei que não gosto.





Eu escolho meus gostos e influencio as coisas acontecerem do meu jeito.





Não aguenta? Quer ir embora? Pode ir.










19 de maio de 2011

A cama, o coração, a vida, tá tudo arrumado.



Falta só alguém capaz de desarrumar.

18 de maio de 2011

6 meses sem fumar!!!

Ebaaa! 6 meses ou, mais precisamente, 180 dias sem fumar!

Viva! 2/4 de um ano ! 50% de 365 dias!

Neste tempo deixei de fumar aproximadamente 3.600 cigarros, ou queimado R$ 684,00.

17 de maio de 2011



Eu vou deixar pra lá, fingir que esqueci,
agir como se não importasse.
O que é verdadeiro, volta
e quem tem que ficar, fica.


(Caio F. Abreu)

16 de maio de 2011

Resposta




Minhas traições não foram por falta de amor.




Eu tenho amor.




De amiga, de mãe, de irmã, de parceira ou qualquer tipo de compaixão que cultivo por qualquer ser respeitável nesse mundo.




Me faltava um amor de homem.




Não me cobre uma resposta coesa, sou mulher, ainda que tenha esquecido isso no vácuo entre você e eu.

10 de maio de 2011

Romances curtos

Lembra?

Eu disse que amor não era questão de azar ou sorte, mas de habilidade, coisa que nunca fui muito expert.

Você bem disse que amor que nunca acontece não vira pó, vira poesia.

Então cá estou, lembrando você transbordando do mundo quando comia com os olhos meus pés no painel e pensando que você seria mesmo o homem perfeito sem aquele chinelo horroroso, mais a calça e a barba.

Também, se não for, vou continuar sendo assim, chegada em romances curtos e instantâneos que me atrasam para sempre.

6 de maio de 2011

Mãe!!!



Às que já são, àquelas que aguardam o momento e àquelas que ainda têm dúvidas...

“Estávamos sentadas almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.
'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?'
'Vai mudar a sua vida' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.
'Eu sei' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .'
Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma marca emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças sofrendo, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho sofrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, sua roupa estilosa e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será, de certa forma, arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, uma ótima babá... mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas com profundidade.
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, terá um valor diferente quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida – não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto ameaças para o futuro de meus filhos.
Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta...
Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez...
Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer...
O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.
'Você jamais se arrependerá', digo finalmente.
Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe.”


FELIZ DIAS DAS MÃES!!!! QUE SEJAMOS LEMBRADAS TODOS OS DIAS!!!

Obrigada Deus por eu ser mãe e ainda ter a minha por perto!!

5 de maio de 2011

"Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal."


(Tati Bernardi)

4 de maio de 2011

Ficaí

Se dessa vez for amor, eu juro, não vou deixar o melhor pro fim. Então, ficaí.

Sentado, com os braços cruzados, sem falar nada muito diferente ou contar sobre algum plano futuro. Só ficaí.

Pode ser com aquela cara de brabo que inexplicavelmente me deixa com um puta tesão desgraçado.

Ficaí sem pensar em nada, em ninguém, sem lembrar da infância na praia ou alguma ex-namorada ainda obcecadamente nostálgica pela sua cara de brabo.Ficaí no meu sofá, bufando mais um pouco, dando oxigênio pra minha esperança.

Ficaí e me pede qualquer coisa, água, meus pés pra caminhar, mais um pacote de doritos, um strip-tease, em casamento. Não dê conselhos. Não tenha recordações. Não queira ir em festas. Não assista futebol. Não pergunte as horas. Não crie teorias a respeito de nós. Não lembre do seu afilhado. Não pense sobre onde está indo isso. Não ligue pra sua mãe. Não fale dos seus medos. Não ame mais ninguém.Ficaí, só ficaí, estacado, eternizado, cristalizado, como num coma induzido, talvez a única coisa capaz de te fazer diferente de todos aqueles outros homens da minha vida que faleceram e me deixaram enterrada em seus lugares.

Não sinta fome de nada, além de mim. Confia em mim, sem comida você dura vinte dias. Ficaí. Sem beber, você demora uns quatro dias pra morrer. Relaxa, ficaí, porque sem amar você pode durar a vida inteira sem ter valido a pena. Ficaí enquanto vejo uma maneira de não jogar pela janela todo tipo de amor que vem até mim tão fácil.

Porque apesar da sua cara de brabo, você é tão fácil, tão leve, tão solto, tão tudo que eu sempre quis quando me agarra pelo braço, me pega pelos quadris, mastiga todo meu corpo e cospe fora somente minhas mentiras, carências e toxinas.

Não quero usar aquelas frases de diário de colégio e dizer que o tiver de ser, será. Mas se tem uma coisa que não desejo de jeito algum é que um determinado dia, você demore um pouco e enrole antes de dizer que cansou de tudo, do meu sofá, do meu frango com gengibre, do meu jeito de não ficar satisfeita quando fico satisfeita, da permanência das minhas mudanças e diz que já vai indo, alimentando meu asco por últimos olhares em portas de elevador.

Da cozinha eu te vejo sério e minha bronquite já se manifesta contrária à ausência do hálito do seu papo calmo, curioso e um pouco engraçado, então fico pensando no que mais posso te oferecer pra você ficar aí. Burra, eu devia ter lotado meus armários antes de entregar mais uma vez minha dolorosa vontade de ser dois. Procuro um jeito de te manter descontraído morrendo de pânico que você só esteja distraído, misturando ausência com um tanto de curiosidade.

Parece exagero, mas é que você, poxa vida, só você conseguiu pular o muro de dificuldades que levantei em volta de mim quando as palavras dor, saudade, ausência, falta e despedida fizeram de mim uma menina de lata. Você e seus cabelos escuros e sempre meio ensebados de vir da rua, seu abraço com cheiro de confiança e seus sorrisos nada comerciais. Eu, menina com os pés no chão e sem teto, acabei de decidir que vou levar um choque térmico, atravessando bruscamente pro lado quente da calçada. Conto contigo. Então, ficaí.







Gabito Nunes

2 de maio de 2011



Não sou mulher de rosas.

Já disse de saída, no primeiro encontro, nem recordo a razão.

Mas disse, naquele meu velho estilo metralhador de moços com olhos de promessa.

Sei que disse, com meus reflexos ariscos de cão sem dono sempre buscando receosa a moeda de troca para qualquer elogio, a vigésima quarta intenção por trás de um rosto abandonado.

Eu não queria ser mais uma na sua cama, por isso disse não gostar de rosas, tampouco das vermelhas, pra me afastar da obviedade do amor.

Não sabia como, mas queria que você me notasse diferente de todas as outras.