Seja bem vindo
Meu cantinho
30 de dezembro de 2010
Os "istas"
Visita de rotina aos médicos. Todo ano a mesma peregrinação. Mastologista, ginecologista, oftalmologista, dentista...
Mas um dia, resolvi incluir um "ISTA"novo na minha odisséia.... Um DERMATOLOGISTA...
Já era hora de procurar uns creminhos mágicos para tentar retardar ao máximo as marcas da inevitável entrada nos ENTA.
Para ser sincera e nem um pouco modesta, entrei gloriosa nesta seita, com direito a uma festa memorável, que durou até as 10 horas da manhã do dia seguinte. Festa com música ao vivo, Los Años Dorados, na melhor boite da cidade, todos os amigos, fotografias... tudo maravilhoso. Na verdade, sentia-me espetacular. Tudo certo. Ninguém podia cantar para mim a ridícula frase da Calcanhoto 'nada ficou no lugar....'
Mas não sei o que deu no espelho lá de casa, que resolveu, do dia para a noite, tomar ares de conto de fadas. Aliás, de bruxas. E mostrar coisinhas que nunca haviam aparecido (ou
eu não havia notado?). Pontinhos azuis nos tornozelos, pintinhas negras no colo, nos braços, bolinhas vermelhas na bunda... olheiras mais profundas...
Como assim???
Assim... Sem avisar nem nada. De repente, o idiota resolveu mostrar e pronto.
Ah, não! Isso não vai ficar assim.
Um "ista" novo na lista do convênio. O melhor.
Queria o melhor especialista de todos os "istas"!
Achei. Marquei. E fui tão nervosa quanto para um encontro 'bem intencionado' daqueles em que a gente escolhe a roupa íntima com cuidado, que é para não fazer feio.... nem parecer que foi uma escolha proposital... sabe como é, né?
Pois sim. O sujeito era um dermatologista famoso.
Via e cutucava a pele de toda a nata feminina e masculina da cidade..
Assim, me armei de humildade.
Disposta a mostrar cada defeitinho novo que estava observando, através do maquiavélico e ex-amigo espelho de meu quarto. Depois de fazer uma ficha com meus dados, o 'doutor' me olhou finalmente nos olhos, e perguntou: 'O que lhe trouxe aqui?'
Fiquei vermelha como um tomate. E muda.
Ele sorriu e esperou.
Quase de olhos fechados, desfiei minhas queixas.
Ele observou 'in loco' cada uma delas, com uma luz de 200wtz e uma lupa...
E começou o seu diagnóstico.
'As pintinhas são sinais do Sol, por todo o Sol que já tomou na vida. Com a IDADE (tóin!) elas vão aparecendo, cada vez mais numerosas. Vai precisar de um protetor solar para sair de casa pela manhã, mesmo sem ir à praia. Para dirigir inclusive. Braços e pernas e rosto e pescoço. E praia? Evite. Só de 6 às 10 da manhã, sob proteção máxima, guarda sol, óculos e chapéu. Bronzear-se, nunca mais.'
-Ahmmm... (a turma só chega às 11:00 !!!!)
-'Os pontinhos azuis são pequenos vasos que não suportam a pressão do corpo sobre saltos altos. Evite. Use sapatos com solado anabela ou baixos, de preferência. Compre uma meia elástica, Kendall, para quando tiver que usar saltos altos..
-Ahmmmaaaa.. .(Kendall??? E as minhas preciosas sandalinhas???)
-'As bolinhas na bunda são normais, por causa do calor. Para evitá-las use mais saias que calças. Evite o jeans e as calcinhas de lycra. As de algodão puro são as melhores... E folgadas..'
-Ahmnunght?? ?? (e pude 'ver' as de minha mãe, enormes na cintura, de florzinhas cor de rosa..... vou chorar!).
-'As olheiras são de família. Não há muito o que fazer. Use esse creminho à noite, antes de dormir e procure não dormir tarde. Alimentação leve, com muita fruta e verdura, pouca carne e muito peixe. Nada de tabaco, nem álcool... Nem café.'
E então a histérica aqui começou a rir....
Agradeci, peguei suas receitinhas e saí rindo, rindo....
Me dobrando de tanto rir! No carro comecei a falar sozinha..... Tudo o que deveria ter dito e não disse: 'Trabalho muito, doutor.... muitas noites vou dormir às 2h, escrevendo e lendo.
Bebo e fumo. Tomo café. Saio pelas noites de boemia com os amigos e seus violões para as serenatas de lua cheia.... E que noites!!!! Adoro os saltos, principalmente nas sandálias fininhas. Impossível a meia elástica (argh!!). Calcinhas de algodão? E folgadas??? Adoro as justinhas e rendadas... E não abandono meu jeans nem sob ameaça de morte!!! É meu melhor amigo!!!!
Dormir lambuzada? Neste calor? E minhas duchas frias com sabonete Johnson para ficar fresquinha como um bebê, cada noite?
E nada de praia??? O senhor está louco é??? Endoideceu foi??? Moro em SANTOS, com esse mar e tudo.... E tenho só 40 anos.... Meia vida inteira pela frente!!! Doutor Filistreco, na minha idade não vou viver como se tivesse feito trinta anos em um!!! Até um dia desses tinha 39... E agora em vez de 40 estou fazendo 70???
Inclua aí na sua lista de remédios para as de 40 a 60, MEIA LUZ...
Acho que é só disso que eu preciso. Um bom abajour com uma luz de 15wts... E um namorado que use óculos... É isso... só isso!!! Entendeu???? '
Parei no sinal e olhei de lado... e um cara de uns 25 anos piscou o olhou para mim. Ah... e ele nem usava óculos!
Nunca fiz o que me recomendou o filistreco ISTA...
Minhas olheiras são parte de meu charme..
E valem o que faço pelas noites a dentro.... ah!!! se valem!
As bolinhas da bunda desapareceram com uma solução caseira de vitamina A, que quase todas as mulheres usavam e eu não sabia, até que contei minha historinha do 'bruxo mau'.
Os sinaizinhos estão aqui... sem grandes alardes... e até que já acho bonitinho.
O espelho é muito menor... o outro, eu dei a minha filha.
E meu namorado diz que estou cada dia mais linda! Principalmente quando estou de saltos e rendas, disposta a encarar uma noite de vinhos e música.
É claro que ele usa óculos.
Mas quando quero ficar fatal, tiro os seus óculos... e acendo o abajour.
(desconheço autoria)
'No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é, e outras, que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se....'
28 de dezembro de 2010
23 de dezembro de 2010
Família é prato difícil de preparar
(de "O Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo)
Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
19 de dezembro de 2010
Tango de Nancy
Quem sou eu para falar de amor
Se o amor me consumiu até a espinhaDos meus beijos que falar
Dos desejos de queimar
E dos beijos que apagaram os desejos que eu tinha
Quem sou eu para falar de amor
Se de tanto me entregar nunca fui minha
O amor jamais foi meu
O amor me conheceu
Se esfregou na minha vida
E me deixou assim
Homens, eu nem fiz a soma
De quantos rolaram no meu camarim
Bocas chegavam a Roma passando por mim
Ela de braços abertos
Fazendo promessas
Meus deuses, enfim!
Eles gozando depressa
E cheirando a gim
Eles querendo na hora
Por dentro, por fora
Por cima, por trás
Juro por Deus, de pés juntos
Que nunca mais
Edu Lobo – Chico Buarque
18 de dezembro de 2010
Um mês!!!
17 de dezembro de 2010
Turbilhão de sentimentos
Sempre tento controlar meus sentimentos e minhas emoções.
Pura bobagem.
Sou muito intensa, muito transparente em tudo o que sinto.
Tentei ser diferente, tentei pensar antes de falar, tentei filtrar os sentimentos e analisá-los antes de qualquer conclusão.
Outra bobagem.
Não consigo ser assim.
Não consigo ser café com leite, água morna ou qualquer temperinho mais ou menos.
Sou uma explosão de sentimentos, dúvidas, desejos e vontades.
Quero tudo com muita força, nunca quero só um pouquinho.
Quando quero, quero muito, quero já, quero tudo!
E assim eu vivo me atropelando com meus desejos e sentimentos.
Por mais que eu saiba que vou me machucar, não consigo abafar um sentimento.
E assim eu vivo me atropelando com meus desejos e sentimentos.
Por mais que eu saiba que vou me machucar, não consigo abafar um sentimento.
Quero vivê-lo intensamente, até que se esgotem todas as possibilidades.
Odeio que me dêem falsas esperanças, porque eu me alimento delas!!!
Sou mulher madura, mas sou também menina ingênua quando se trata de sentimentos.
Odeio que me dêem falsas esperanças, porque eu me alimento delas!!!
Sou mulher madura, mas sou também menina ingênua quando se trata de sentimentos.
E tenho um dom de cultivar amores conturbados, difíceis, complicados. Mantenho-os dentro de mim, jurando que não existem mais, mas basta um flash back e tudo volta à tona.
Grito aos quatro ventos que não vou me envolver e que vou somente curtir o momento.
Mais uma grande bobagem. Logo estou eu chorando a saudade, querendo de novo e amando mais uma vez.
Mas é assim que eu sou. É assim que eu consigo ser. É assim que consigo sentir. É isso que me mantém viva...
Mas é assim que eu sou. É assim que eu consigo ser. É assim que consigo sentir. É isso que me mantém viva...
15 de dezembro de 2010
Era uma vez uma menina sapeca, levada, risonha.
Que sonhava com a liberdade, que via desenho em nuvens,
Que deitava no colo do seu pai e de tão pequena,
Aninhava-se ali confortavelmente!
Uma menina que tinha medos, sonhos, desejos.
Uma menina que buscava o amor eterno, perfeito,
O príncipe encantado.
Uma menina que se apaixonou pela primeira vez...
E jurou ser esse o seu amor eterno...
Mas a menina se enganou.
E, de novo, ela buscou o amor.
E, de novo, ela se apaixonou.
E, de novo, ela se enganou.
Até que essa menina cresceu e se tornou mulher.
E nessa busca ela se apaixonou muitas vezes,
Decepcionou-se outras tantas.
Amou e foi amada, amou sozinha, foi amada sem amar!
Viveu sim, um grande amor, ou grandes amores!
Mas faltava alguma coisa e a busca continuava...
Até que ela se cansou.
Cansou de buscar o amor eterno, o príncipe encantado.
Cansou de sofrer desilusões, de ser enganada.
Cansou de mentiras, de falsos amores.
E passou a buscar o seu prazer, único, pleno, intenso.
E nessa busca, descobriu muitos prazeres.
Prazeres rápidos, curtos, longos, loucos!
Mas ela queria mais!!
E sua curiosidade de menina aliada à sua vontade de mulher a fez
Descobrir mundos até então totalmente desconhecidos!
Essa vontade a fez querer o improvável, o incerto, o inseguro, o misterioso.
E essa menina-mulher continua buscando o seu prazer,
Na certeza de encontrá-lo, seja onde for, seja como for, seja com quem for.
Mas que seja intenso, completo, único e verdadeiro!
Que sonhava com a liberdade, que via desenho em nuvens,
Que deitava no colo do seu pai e de tão pequena,
Aninhava-se ali confortavelmente!
Uma menina que tinha medos, sonhos, desejos.
Uma menina que buscava o amor eterno, perfeito,
O príncipe encantado.
Uma menina que se apaixonou pela primeira vez...
E jurou ser esse o seu amor eterno...
Mas a menina se enganou.
E, de novo, ela buscou o amor.
E, de novo, ela se apaixonou.
E, de novo, ela se enganou.
Até que essa menina cresceu e se tornou mulher.
E nessa busca ela se apaixonou muitas vezes,
Decepcionou-se outras tantas.
Amou e foi amada, amou sozinha, foi amada sem amar!
Viveu sim, um grande amor, ou grandes amores!
Mas faltava alguma coisa e a busca continuava...
Até que ela se cansou.
Cansou de buscar o amor eterno, o príncipe encantado.
Cansou de sofrer desilusões, de ser enganada.
Cansou de mentiras, de falsos amores.
E passou a buscar o seu prazer, único, pleno, intenso.
E nessa busca, descobriu muitos prazeres.
Prazeres rápidos, curtos, longos, loucos!
Mas ela queria mais!!
E sua curiosidade de menina aliada à sua vontade de mulher a fez
Descobrir mundos até então totalmente desconhecidos!
Essa vontade a fez querer o improvável, o incerto, o inseguro, o misterioso.
E essa menina-mulher continua buscando o seu prazer,
Na certeza de encontrá-lo, seja onde for, seja como for, seja com quem for.
Mas que seja intenso, completo, único e verdadeiro!
13 de dezembro de 2010
Porque Romeu e Julieta são ícones do amor?
São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?
Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora.
Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.
Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool.
Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu , fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.
Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.
Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta).
Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.
Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.
Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro.
Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.
Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta. Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.
Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo.
Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.
Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas.
Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.
Romeu não tinha uma ex- mulher que infernizava a vida da Julieta.
Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.
Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando- a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...
Por essas e por outras que eles morreram se amando...
7 de dezembro de 2010
Dê um beijo.
Um abraço.
Um passo em sua direção.
Aproxime-se sem cerimônia.
Dê um pouco de calor, do seu sentimento.
Sente-se perto e fique por algum tempo.
Não conte o tempo de se doar.
Liberte um imenso sorriso.
Rasgue o preconceito
Olhe nos olhos.
Aponte um defeito, com jeito.
Respeite uma lágrima.
Ouça uma história ou muitas, com atenção.
Escreva uma carta e mande.
Irradie simplicidade, simpatia, energia.
Num toque de três dedos, observe as “coincidências”.
Não espere ser solicitado, preste um favor.
Lembre-se de um caso.
Converse sério ou fiado.
Conte uma piada.
Ache graça.
Ajude a resolver um problema.
Pergunte: Por quê? Como vai?Como tem passado?Que tem feito de bom?Que há de novo?
E preste atenção.
Sugira um passeio, um bom livro, um bom filme.
Diga de vez em quando, desculpe, muito obrigado,
Não tem importância, que há de se fazer, dá-se um jeito.
Tente de alguma maneira ...
E não se espante se a pessoa mais feliz for você!!!
1 de dezembro de 2010
Poder da escolha
15 já sem fumar!!!
Tem coisa melhor que nosso poder de escolha?
Acho que não!!!
Podemos escolher se vamos vestir preto ou branco,
se vamos pra uma balada ou ficamos no sossego da nossa casa,
se vale a pena se estressar ou se ignoramos quem nos ataca.
Então porque não escolhermos o que nos faz só o bem?
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória ...
Preste atenção no que você esta plantando, pois será a mesma coisaque irá colher!!
PS: Normalmente acontece após 3 dias do "acontecido", descubra o que te prejudicou e coloque para fora,
em conversa com amigos ou com um profissional!!!
Desejo que você se cuide, porque sua saúde e sua vida dependem de suas próprias escolhas!!!Escolha ser feliz!!!!
Tem coisa melhor que nosso poder de escolha?
Acho que não!!!
Podemos escolher se vamos vestir preto ou branco,
se vamos pra uma balada ou ficamos no sossego da nossa casa,
se vale a pena se estressar ou se ignoramos quem nos ataca.
Então porque não escolhermos o que nos faz só o bem?
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória ...
Preste atenção no que você esta plantando, pois será a mesma coisaque irá colher!!
PS: Normalmente acontece após 3 dias do "acontecido", descubra o que te prejudicou e coloque para fora,
em conversa com amigos ou com um profissional!!!
Desejo que você se cuide, porque sua saúde e sua vida dependem de suas próprias escolhas!!!Escolha ser feliz!!!!
Redação premiada
Vestibular da Universidade de Santa Catarina cobrou dos candidatos a
interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:
'Amor é fogo que arde
sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.
Uma vestibulanda de 18 anos deu a sua interpretação :
'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo !'
A Vestibulanda ganhou nota DEZ: pela originalidade, pela
estruturação dos versos, das rimas insinuantes, e também foi a
primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou
que o problema de Camões era apenas falta de mulher...
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